quarta-feira, 7 de junho de 2017

Colóquio de Pesquisas do MIRE foi realizado em 17 de maio


O Colóquio de Pesquisas do MIRE aconteceu na reunião de 17 de maio de 2017. Com 20 participantes (12 presenciais e oito on-line), a mesa, coordenada pelo Ms. Luis Erlin (foto abaixo ao centro), contou com a apresentação e o debate em torno de três pesquisas de integrantes do grupo. 

A primeira apresentação foi o projeto de tese de doutorado por Patrícia Garcia Costa (foto abaixo, ao centro). Ela ingressou no programa de doutorado neste semestre e está formulando o projeto "Novos formadores de opinião: A geração de garotas Youtubers evangélicas e sua influência no processo de decisão dos espectadores". Patrícia Costa ouviu do grupo uma série de sugestões em torno de conceitos e referencial teórico e trajeto metodológico, e o registro da importância do tema frente às transformações na cultura gospel proporcionadas pelas mídias digitais. Veja os slides da apresentação aqui.

O segundo a apresentar foi o Dr. Leandro de Paula (foto abaixo, à dir,). Ele apresentou a tese de doutorado defendida em 2016 na UFRJ com o título "Entre a saúde e o risco: a experiência da fé segundo a mídia secular no Brasil e nos EUA (2001-2013)". Temas como a relação fé e espaço público, a midiatização do conceito de fundamentalismo a partir dos anos 1970 e as agendas positivas e negativas em torno da compreensão do lugar social da religiosidade e das religiões, tais como representadas nas mídias, foram amplamente tratados por Leandro de Paula. Veja os slides da apresentação aqui.



Na terceira apresentação, o Dr. Luis Henrique Marques (foto abaixo, à esq.) expôs o conteúdo do seu estágio pós-doutoral, realizado na Faculdade Cásper Líbero, em 2016, intitulado "Marketing católico: leitura crítica a partir do conceito de midiatização". Com o tema, o grupo discutiu a aceitação e a rejeição do marketing religioso no contexto do Catolicismo Brasileiro e a criação de celebridades clérigas como estratégia de captação de fiéis e venda de produtos. Os slides da apresentação estão aqui.

Foram destacadas na reunião, também, as atividades que envolverão o grupo nos próximos meses:
- XII Eclesiocom. Promoção: Cátedra UNESCO/Metodista em parceria com a PUC-Campinas (sede do evento), 17 de agosto de 2017; Inscrições de trabalhos até 15 de junho (com desconto até 31 de maio)
- Brazilian Studies Association (BRASA) - PUC-Rio, 25 a 28 de julho de 2017; Inscrições de trabalhos até 31 de maio
- Pesquisa – Tendências Políticas entre Evangélicos (Marcha para Jesus). Atividade de campo - Junho de 2017
Coordenação: Leandro Ortunes; Assistência: Patrícia Garcia e Bárbara Mello
- Seminário Temas Contemporâneos em Mídia, Religião e Cultura. Tema: Evangélicos na Política e Ativismo Digital. Promoção: MIRE. Local: UMESP, 28 de agosto, segunda.

Foram também indicados dois websites para pesquisa e intercâmbio:
- o Blog Mídia, Religião e Sociedade, editado pelo doutorando da UNISINOS Marco Túlio de Souza.
- o website do pesquisador australiano recentemente aposentado Peter Horsfield, uma referência internacional nos estudos em Mídia, Religião e Cultura.

A próxima reunião do MIRE, 20 de junho, terça-feira, das 14h às 17h, terá um novo Colóquio de Apresentação de Pesquisas:
- Ricardo Alvarenga (dissertação de mestrado defendida em 2016)
- Magali Cunha (estágio pós-doutoral, 2016)


Fotos: Patrícia Machado

Eclesiocom 2017 tem inscrições abertas até 15 de junho

Nesta 12ª edição do evento, na PUC-Campinas (17 de agosto), a Eclesiocom contará com a contribuição da Profa. Dra. Joana Puntel, que fará conferência sobre o tema "Novos paradigmas da comunicação e sua incidência na transmissão e vivência da fé" e o Prof. Jorge Miklos (UNIP/MIRE) fará os comentários. Saiba mais sobre a programação e sobre como se inscrever aqui. As inscrições de trabalhos (resumos expandidos) vão até 15 de junho.

Ativismo digital evangélico é tema de livro sobre pesquisa ligada ao MIRE

A relação entre religião e política é um fenômeno que marca o momento atual da política brasileira, em que os evangélicos se colocam com destaque na arena como um bloco organicamente articulado: não são mais “os crentes” ou os grupos fechados de outrora. A separação social, “do mundo”, deixa de ser um valor evangélico da tradição fundamentalista-puritana: eles são hoje um grupo que desenvolve a cultura “da vida normal” combinada com a religião com presença nas mídias, artistas e celebridades, moda própria, inserção no mundo do mercado e do entretenimento. Além disso, este segmento se vê fortalecido como parcela social que tem suas próprias reivindicações e interesses e pode eleger seus próprios representantes para os espaços de poder público. Qual o lugar das mídias neste processo de afirmação? Entre os muitos olhares, percebe-se que o ativismo digital evangélico emerge como um novo fenômeno neste processo e o livro “Do púlpito às mídias sociais. Evangélicos na política e ativismo digital”, da Profa. Magali do Nascimento Cunha, é uma contribuição para a sua avaliação.


A obra, dividida em três capítulos, resulta da pesquisa empreendia pela autora, durante estágio pós-doutoral realizado na Universidade Federal da Bahia, em 2016. O campo de estudos privilegia a relação entre mídia, religião e política sob a ótica das transformações culturais que têm sido vivenciadas pelo segmento evangélico, em especial a partir dos anos 1990. O primeiro capítulo traz uma visão dos estudos que analisam a presença dos evangélicos no Brasil desde a chegada dos primeiros missionários no século 19 e a construção da identidade do grupo em meio ao extenso mosaico formado pela diversidade de dinâmicas religiosas no País. A relação com as mídias e com a política é destaque nesta parte do texto, que procura apresentar uma síntese das principais abordagens das diferentes ciências que se debruçam sobre o fenômeno, incluindo trabalhos da própria autora. Já o segundo capítulo apresenta a relação entre mídia, religião e política na segunda década do século 21, com ênfase na atuação da Bancada Evangélica no Congresso Nacional e na crescente presença de lideranças do segmento religioso em debates e campanhas frente às pautas políticas do seu interesse. O terceiro capítulo fecha o livro com a novidade que emerge dos estudos deste tema: a emergência do ativismo digital evangélico. Por meio de pesquisa no Facebook e no Twitter, duas das mais populares mídias sociais acessadas por brasileiros, a autora levantou os perfis mais atuantes entre ativistas digitais evangélicos e traçou um quadro com suas características em termos de influência nas mídias.

O livro acaba de ser publicado pela Editora Prismas (Coleção Mídia, Religião e Cultura) e será lançado em dois eventos: no Poscom-UMESP em 28 de agosto, e no Centro de Formação e Pesquisa do SESC, em 27 de setembro. Um pré-lançamento acontece no próximo 19 de junho, com transmissão ao vivo pelo Facebook.