Por Luis Erlin
O primeiro foi o projeto de tese de doutorado em elaboração, apresentado por Alexandra Gonzalez, com o título “Mídia Religião e mulheres em situação de guerra: vitimização vs. superação”. A base da pesquisa mostra três mulheres que sofreram situação de guerra: cristã, judia e muçulmana – refugiadas no Brasil. A religião aparece como ferramenta de superação da situação de guerra da qual foram obrigadas a viverem. A mídia noticiosa (revistas Fon-Fon, o Cruzeiro, Época e Marie Claire – em períodos estabelecidos) é uma das ferramentas da pesquisa e o recorte é a forma como as mulheres em situação de guerras são retratadas por esses veículos. Neste comparativo, o projeto pretende identificar mulheres que viveram, ou vivem, experiências semelhantes às das depoentes das histórias de vida e como são retratadas pela mídia sob olhar destas quatro revistas. A pesquisa se estende inclusive na tentativa de ampliar a concepção de guerra e da vitimização da mulher, sobretudo na exploração sexual, de imagem e na violência do tráfico de drogas. A mídia quase sempre ratifica a relação de poder e a imagem do senso comum sobre o gênero feminino, na qual os esteriótipos afloram, de modo especial nestes casos. A metodologia será o trabalho de campo – histórias de vidas – levantamento documental ( documentos históricos e dados estatísticos).
Foto: Patrícia Machado |
A segunda pesquisa foi de Jenifer Rosa, que foi qualificada no mestrado – no mês de maio na Universidade Metodista de São Paulo. O título da pesquisa é: “Cantar para quê? As dimensões de sentido da música cristã contemporânea no processo de midiatização – o caso do programa Esquenta!” O estudo considera que algumas teorias passadas previam o fim da religião, hoje contrariando as profecias, a religião ganha uma força espantosa no Brasil, fazendo que cantores do universo evangélico se tornem celebridades midiáticas, frequentando programas populares de alcance nacional (no caso da pesquisa, a rede Globo, mas especificamente no programa Esquenta). Nesta manifestação religiosa, nota-se o consumo de produtos da “linha gospel”de forma desenfreada. O período analisado foi de 2013/2014. A metodologia para desenvolver a conclusão da dissertação será a de análise do programa selecionado, grupos focais de evangélicos e não-evangélicos e entrevistas com a produção do programa. Os referenciais teóricos serão os da midiatização, teorias do cotidiano e da cultura gospel. O grupo de pesquisa MIRE interagiu bastante com o tema, dando várias sugestões e complementos.
As próximas reuniões do Grupo MIRE para o segundo semestre já estão agendadas [das 14 às 17h, Metodista/Campus Rudge Ramos, Ed. Capa, Sala 316]:
- 18 de agosto
- 22 de setembro
- 20 de outubro
- 17 de novembro
- 18 de agosto
- 22 de setembro
- 20 de outubro
- 17 de novembro
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